sábado, 8 de dezembro de 2007

Futilidade

"Escrevo aquilo que penso. Mas nem tudo o que penso. O que aconteceria se eu escrevesse tudo que penso? Revelaria segredos? Quais segredos? Aqueles que condenam o seu passado? Aqueles de amor incondicional? Aqueles de atos vergonhosos?
Querida! Acorda! A vida é única neste 'corpitcho'. Resguardar aquilo que dói, machuca.

Penso na infância. Tempinho em que eu queria ter um apelido. A vida era fácil para mim, eu tinha que facilitar a vida dos outros (também) com um nome mais pequeno. Lembro quando eu sonhava em ser maestro, reger aquelas composições, entregar-me de corpo e alma àquelas viagens de nirvana.

Hoje, pensar que você teve uma infância maravilhosa parece que pertence a outra vida, a outra alma. Talvez se todos fossem um pouco mais simples a vida seria melhor. Quero muito que as pessoas dêem adeus ao materialismo, ao consumismo, à fúria, às mentiras, à sinceridade mentirosa. Embarque tudo isso num navio. Mas qual navio? Precisa ser um navio e tanto para carregar tanta coisa ruim. Mas se a humanidade foi capaz de criar a pólvora e conseqüentemente a bomba atômica, se foi capaz de criar o arco e a flecha e depois as armas de fogo; por que não um mega navio? Um navio frágil que possa naufragar com todas estas impurezas no meio desta viagem pelo oceano chamado Reconciliação... não, não deve ser tão difícil!

Acho que é esta a resposta. Enquanto a humanidade não criar este navio, as impurezas ainda estarão dentro de nós. Portanto, eu desejo paciência a você."

(Sartel Phoenix)
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Meu amigo Sartel finalmente atendeu ao meu pedido com um pequeno texto. Disse-me que criou este texto em menos de três minutos, quando apreciava o dançar das nuvens.

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